Era uma vez um sabor, uma cor, uma noite sem querer.
Era uma vez a menina, uma garota tao nacional quanto a do skank com seu vestidinho preto indefectivel.
Era uma vez uma, duas, tres ou quantas pistas a imaginacao puder imaginar.
Era uma vez uma musica, um dj ou como diria Gilberto Gil uma banda de maca e outra banda de reagge.
E eu sei lá se era mesmo samba ou reagge, se era baile, boate ou convencao.
Só sei que ouvi o jota quest tocando tudo está parado e meus olhos entraram em engarrafamento na sua direcao.
Logo mais, tato, olfato, pele, por cima, nuca com cabelo nas maos.
Copo e corpo derramado, luz acesa e apagada, roupa rasgada e a tv no fundo ligada.
Comecou com era uma vez mas nao foram felizes para sempre.
Sequer se conheceram novamente, destino fadado ao desencontro.
Destinos escritos sem S de nós dois mas com o meu S de singular.
Ao perceber novamente o som, a cassia ouvindo ser jota quest resolveu mudar a estacao.
Mudou também a melodia, o clima,os dias, o estado e passou entao a tocar somente no meu coracao.
E hoje a noite assim como a do Renato Russo nao tem luar e eu estou sem ela.
E com esse vento todo aqui no litoral resolveu a voz e violao me dar boa noite cantando..
- Ja que voce nao esta aqui, quero ser feliz ao menos.. lembra que o plano era ficarmos bem?!
Mesmo fazendo isso tudo pra esquecer o vento nao consegue levar tudo embora,
E como diria seu vizinho aí de santos, e meu xara nesse momento, o chorao:
Ao menos fico com sua foto com rosto lindo e sorriso encantador.
Torcendo, rezando, pro segundo sol do Nando chegar e realinhar todas essas órbitas sem direcao.
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