Da janela do meu quarto vejo seu quadro pintado a mão.
Um azul fluorescente pelo contraste branco de milhões de estrelas.
Sinto ter sido um presente. Imagino que desde quando pintou, já imaginava que essa seria minha paisagem predileta.
A meia lua com formato de sorriso sempre aparece em meio uma nuvem e outra.
Fico imaginando de onde tirou tanta inspiração.
No canto esquero abaixo do quadro, a silhueta das montanhas aparecem como que uma assinatura com tinta verde.
Cada hora a disposição das figuras mudam de cor, de lugar..
As vezes imagino como se o quadro ainda estivesse sendo pintado,
Quando abro a janela, as vezes consigo imaginar o seu humor..
Como se o vento fosse sua respiracão, ora calma, ora ofegante, como se estivesse pintando intenssamente.
Como de repente a chuva fosse quando estivesse chorando, ora acompanhada com o sol e arco iris, como querendo mostrar aquela aliança, ora com trovões, como expressão de gritos por raiva ou coisa assim.
O fato é que o quadro está sempre em exposição.
Sempre dinâmico, dando a cada observador a chance de contemplar os sentimentos expressados pelo Autor de tudo aquilo que é.
Tenho orgulho de ser o grande filho pródigo do EU SOU.
